Decorreu no passado fim-de-semana, na cidade de Nashville, nos EUA, a oitava edição da Bingham Cup. Este torneio, que se constitui como uma das maiores competições de rugby do mundo, recebeu entre os 1300 jogadores vindos dos quatro cantos do globo, a participação dos Dark Horses, que jogaram integrados numa equipa com jogadores de várias nacionalidades (embora a maioria fossem dos Dark Horses), denominada "World Barbarians/Lisbon Dark Horses (WB/DH), tendo sido incluídos no grupo A, onde se encontravam as 16 equipas mais fortes de entre as 48 participantes nesta competição.
Na fase de grupos, os WB/DH venceram o primeiro e o terceiro jogo, tendo perdido o segundo jogo para os Sidney Convicts, vencedores das 3 últimas edições da Bingham Cup. Na segunda fase do torneio, as equipas disputam jogos a eliminar, sendo distribuídas consoante a performance na fase de grupos, tendo os WB/DH sido colocados a disputar a competição Bowl. No primeiro jogo, o adversário foi a equipa americana dos Boston Ironsides, que apesar de jogar praticamente em casa, acabou derrotada pela equipa dos WB/DH por 29-0. No último dia de competição, jogavam-se os acessos às meias-finais e as finais e foi a oportunidade dos jogadores portugueses reencontrarem um adversário já conhecido: a equipa irlandesa dos Emerald Warriors, que viram o sonho de chegar à final esfumar-se rapidamente, acabando derrotados pelos WB/DH por um parcial de 28-5. No palco da final, deu-se um novo reencontro: o adversário eram os londrinos Kings Kross Steelers. Debaixo de um calor abrasador, a equipa inglesa começa o jogo em alta rotação e marca um ensaio nos primeiros segundos. Foi preciso manter a calma e a concentração para poder dar início à recuperação, embora ao intervalo o resultado de 6-5 fosse o retrato do equilíbrio demonstrado até ali pelas duas equipas. Na segunda parte, a história foi completamente diferente: cabia à equipa inglesa a responsabilidade de virar o resultado que lhe era desfavorável, mas o que aconteceu foi o avolumar da diferença pontual. No final do jogo, com uma inesperada vitória por 24-5 e apesar de exaustos, era visível a emoção no rosto dos jogadores portugueses, que acabavam de garantir a Bingham Bowl e o primeiro troféu num campeonato do mundo. Depois de Manchester em 2012 e de Sidney em 2014, esta foi a terceira participação dos Dark Horses. A próxima edição será em 2018, em local a decidir pelas mais de 60 equipas filiadas na IGR, tendo sido apresentadas 4 candidaturas: Amesterdão, Edimburgo, Londres e Toronto. Os vencedores das competições em disputa, por ordem de importância, foram os seguintes: - Bingham Cup: Melbourne Chargers - Bingham Plate: New York Gotham Knights - Bingham Bowl: World Barbarians/Dark Horses - Bingham Shield: Washington Renegades B Este torneio visa honrar a memória de Mark Kendall Bingham, jogador de rugby, co-fundador das equipas de rugby San Francisco Fog e New York Gotham Knights, e que foi um dos elementos que terá enfrentado os terroristas a bordo do voo 93 da United a 11 de setembro de 2001, fazendo com que este se despenhasse na Pensilvânia antes de atingir o alvo dos terroristas (prevê-se que o objectivo fosse atingir o Capitólio). Para encerrar esta 1ª temporada de entrevistas com os LISBON CROWS, nesta semana teremos o MEET OUR COACHES; uma entrevista dupla com as nossas fantásticas treinadoras que conduzem a equipa com rigor e competência. A treinarem os LISBON CROWS há um ano, elas têm desenvolvido um trabalho consistente e contínuo. “Estou contente com o que já conquistamos até agora, já há uma clara evolução tática e técnica, que muitas vezes nem eles têm noção”, segundo a Inês. As nossas vigésimas entrevistadas, a quem muito agradecemos por terem aceitado o nosso convite, chamam-se INÊS MARQUES E MAFALDA BOTELHO, que deixam um convite a todos os interessados em experimentar um treino connosco: MAFALDA- "Venham experimentar. Uma equipa inclusiva e divertida. Oportunidade para aprender mesmo que nunca tenha praticado esta modalidade.” INÊS- “Venham experimentar, há soluções para todos os níveis, desde os que já jogaram ou jogam federado até aos que nunca experimentaram jogar. O mais importante é mesmo participar e divertir!” Confiram esta dupla entrevista! ENTREVISTA COM AS NOSSAS TREINADORAS NOME: Inês Marques Mafalda Botelho IDADE: INÊS-25 anos MAFALDA-27 anos FRASE QUE TE DEFINE: INÊS-Não tenho. MAFALDA-"O único sítio onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário!” HÁ QUANTO TEMPO ÉS TREINADORA DE VOLEIBOL? INÊS-5 anos MAFALDA-9 anos COMO TE DEFINES ENQUANTO TREINADORA? INÊS-Exigente e ponderada. MAFALDA- Competente e exigente. QUANDO COMEÇASTE A TREINAR OS LISBON CROWS? INÊS-Comecei em Maio de 2015. MAFALDA-Maio de 2015. QUAL O MOMENTO QUE MAIS TE MARCOU ENQUANTO TREINADORA DA EQUIPA? INÊS-Todos os dias são diferentes, lembro-me que no primeiro treino em que disse em tom irónico (e eles ainda não me conheciam) que comigo iriam "encher" muito, eles ficaram um bocado assustados! Recordo-me também que no início não sabia quem seria a outra treinadora que iria trabalhar comigo e em conversa com o responsável pelo recrutamento das treinadoras, acabei por perceber que era alguém com quem já tinha jogado e com quem estava a trabalhar também! MAFALDA- Muitos. Vários são os treinos que nos proporcionam momentos marcantes QUE CARACTERÍSTICAS MAIS GOSTAS DE VER NOS ATLETAS? INÊS-Gosto de atletas humildes que ouvem e tentar fazer o que pedimos. Gosto de atletas aplicados e sobretudo gosto que treinem para ser melhores e para fazer os outros melhores. O espírito do treino deve ser sempre acima de qualquer competição, o respeito entre todos. MAFALDA- Humildade e dedicação. QUAIS OS PRINCIPAIS OBJETIVOS PARA A PRÓXIMA ÉPOCA? INÊS-Gostava que a equipa se inscrevesse em torneios regulares, de modo a tornar os treinos mais competitivos sem nunca perder a parte lúdica, obviamente. Estou contente com o que já conquistamos até agora, já há uma clara evolução tática e técnica, que muitas vezes nem eles têm noção. MAFALDA- Mais jogos/ torneios. QUE CONSELHO DARIAS A QUEM QUER INTEGRAR OS LISBON CROWS? INÊS-Venham experimentar, há soluções para todos os níveis, desde os que já jogaram ou jogam federado até aos que nunca experimentaram jogar. O mais importante é mesmo participar e divertir, se a isso aliarmos umas flexões, uns abdominais e umas manchetes e passes, PERFEITO! MAFALDA- Venham experimentar. Uma equipa inclusiva e divertida. Oportunidade para aprender mesmo que nunca tenha praticado esta modalidade. |
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